domingo, 4 de agosto de 2013

Império Romano - Texto

ROMA ANTIGA

1.     MONARQUIA (753 A 509 A.C.)
Ä  Roma era uma aldeia sob a influência dos gregos e etruscos, caracterizada como sendo um genos.
Ä  A propriedade dos bens era coletiva, havia solidariedade entre os membros, havia o direito de eleger o “pater”, chefe da comunidade, e de depô-lo. O conjunto de dez genos formava uma “cúria”; dez cúrias formavam uma tribo, comandada por um chefe eleito.
Ä  Havia o Senado (composto por velhos cidadãos, que podiam propor leis e fiscalizar a ação do rei), a Assembléia Curial (guerreiros, que podiam aprovar ou rejeitar leis, eleger os altos funcionários, aclamar o rei e julgar casos em última instância) e o Rei (era eleito e comandava o exército, a religião e a justiça.
Ä  Com o passar do tempo, formaram novos grupos sociais: os patrícios (descendentes dos primeiros romanos, tinham todos os direitos políticos de um cidadão. Era grandes proprietários de terras e gado); os clientes (homens livres que serviam aos patrícios, sem direitos políticos), os plebeus (homens livres, sem direitos políticos e que sustentavam-se por conta própria, como comerciantes, artesãos e agricultores, ou serviam no exército) e os escravos (prisioneiros de guerra, sendo seu trabalho importantíssimo na economia romana.

2.    REPÚBLICA ROMANA (509 A 31 A.C.)
Ä  Estrutura de poder: Senado (300 cidadãos com cargo vitalício), Assembléia dos Cidadãos (formada pelos Comícios Curial, Centurial e Tribal) e Magistratura (altos funcionários eleitos pela Assembléia dos Cidadãos, tendo os seguintes nomes: dois cônsules, pretores, censores, edis, questores e ditador, eleito em casos de guerra, com plenos poderes).
Ä  Rebelião de escravos: Revolta da Sicília (136 a 132 a.C.) e Revolta de Cápua (73 a 71 a.C.), liderada por Spartacus. As duas foram duramente reprimidas.
Ä  Rebeliões da plebe: em 494 a.C. os plebeus organizam-se e saem de Roma, dirigindo-se ao monte Alventino. Os patrícios lhes concede: o Comício da Plebe, presidido pelos Tribunos da Plebe (com poderes de vetar a aprovação de quaisquer decisões do Estado); A Lei das Doze Tábuas (leis escritas, válidas para patrícios e plebes); Lei Canuléia (autorizava o casamento entre patrícios e plebeus); eleição de magistrados (facilitou o acesso dos plebeus aos cargos da Magistratura) e fim da escravidão por dívidas
Ä  Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.): guerras contra  Cartago, cidade de origem fenícia, localizada no norte da África. Roma derrota Cartago e domina o Mediterrâneo, além de acabar com o forte rival em termos comerciais. Os romanos passam a chamar o Mediterrâneo de “Mare Nostrum”.
Ä  Conseqüências da expansão imperialista de Roma: surgimento de novos grupos sociais (cavaleiros ou homens novos: enriquecidos com o comércio ou empréstimos a juros; proletários: camadas pobres urbanas, que surgem graças ao êxodo rural: como não tinham como competir com os latifúndios escravistas, são obrigados a abandonar suas terras e dirigirem-se para as cidades); aumento da riqueza dos patrícios (graças à expansão comercial, à conquista de mais terras e escravos)
Ä  Com da tensão social entre os diversos grupos, os governantes Tibério e, depois Caio, criaram: a Lei Agrária ( limitava o crescimento dos latifúndios e obrigava o Estado a distribuir parte das terras aos pobres); Lei Judiciária ( permitia aos cavaleiros serem juizes no Tribunal do Júri) e Lei Frumental (concedia pão, dos armazéns do Estado, por preços inferiores, aos pobres). Por pressão dos grupos dominantes, só conseguiram manter-se a Lei Judiciária e a Lei Frumentária.
Ä  Diversos chefes militares lutam pelo poder: Caio Mário (tornou-se cônsul e instituiu o pagamento de salário (soldo) aos soldados profissionais; Cornélio Sila (instituiu um governo ditatorial impopular); Primeiro Triunvirato (governam Pompeu, Crasso e Júlio César. Crasso é assassinato. Júlio César torna-se ditador único de Roma);
Ä  O governo de Júlio César: reorganizou político-administrativamente Roma, distribuiu terras entre os soldados, construiu grandes obras públicas, ... Acusando-o de pretender acabar com a República e tornar-se um rei, um grupo de senadores o assassina em 15 de março de 44 a.C.).
Ä   Segundo Triunvirato: Marco Antônio, Otávio e Lépido governam o Império. Lépido foi forçado a retirar-se do poder. Otávio acusa Marco Antônio de pretender formar um império no Oriente, desmembrando parte do Império. Otávio consegue apoio do Senado, derrota seu oponente e torna-se o grande senhor de Roma.

3.    O IMPÉRIO (27 A.C. A 476 D.C.)
Ä  Otávio concentra todo o poder, assumindo os títulos de Augusto (título de honra, concedido a certos deuses), Princeps (primeiro cidadão de Roma), Imperator (comandante absoluto do exército), Pontifex Maximus (sacerdote máximo da religião), Tribunus Protestas (poder de tribuno para a vida toda) e Pater patrie (pai da pátria).
Ä  O imperador dividiu as províncias em: senatoriais (regiões pacificadas, governadas por senadores habilitados) e imperiais (regiões mais instáveis, lideradas por governadores escolhidos diretamente por Otávio).
Ä  A excessiva exploração das províncias diminuiu; o exército foi encarregado de garantir a paz dentro das fronteiras do império, cessando as conquistas (Pax Romana), ao mesmo tempo que sufocava as revoltas internas; profissionalizou-se o exército.
Ä  Após a morte de Otávio, em 14 d.C., sucederam-se quatro dinastias de imperadores, dentro do período de esplendor de Roma, conhecido como Alto Império (27 a.C. a 235 d.C.).
Ä  Terminado o Alto Império, começa um período que foi marcado pela decadência romana: o Baixo Império (235 a 476 d.C).
Ä  Causas do fim do Império Romano: como as conquistas militares haviam cessado, O Império começou a sofrer com a falta de mão-de-obra escrava, gerando uma crise econômica em todos os setores onde eles eram empregados. O escravo começou a ser substituído pelo colonato (arrendamento de terras a camponeses), ao mesmo tempo que o comércio, o artesanato e a produção agrícola diminuem sensivelmente..Com a crise, as cidades esvaziam-se e a economia sofre um processo de ruralização, em que as propriedades rurais passam a ser auto-suficientes. O Estado fica sem ter como arrecadar os impostos para manter seus funcionários e até seu próprio exército. Sem ter saída, o Estado aumenta ainda mais os impostos. Desordens, tumultos e saques surgem cada vez mais, devido ao desemprego à fome e à falta de apoio do Estado. Externamente, o Império começou a sofrer as invasões dos diversos povos “bárbaros” que ficavam foram dos limites romanos.
Ä   Fim de melhor ser administrado, o Império é dividido em 395 d.C., por Teodósio: Império Romano do Ocidente, com sede em Roma, e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla.
Ä  Em 476, o último imperador do Império Romano do Ocidente, Rômulo Augusto, foi deposto por Odoacro, rei dos hérulos. Era a queda de Roma. O Império Romano do Oriente ainda conseguiu sobreviver até 1453, ano em que os turcos conseguem tomar Constantinopla.

CULTURA DA ROMA ANTIGA
Direito – buscava regular, por meio de normas jurídicas, o comportamento social da numerosa população do império. Direito público: referia-se às relações públicas em que o estado atuava como parte. Direito privado: referia-se às relações jurídicas entre particulares.

Latim – deu origem às línguas portuguesa, francesa, italiana, espanhola e romena. Expressões usadas até hoje: data venia (com a devida licença); dura lex, sed lex (a lei é dura, mas é a lei); in dubio pro reus (de houver dúvida no momento da decisão, o juiz deve decidir em favor do réu); ...

Literatura – buscava-se a perfeição na forma de apresentação, isto é, a beleza e a elegância do estilo literário, ao invés da criação original. Destacam-se: Virgílio (Eneida), Horácio, Ovídio, Cícero, Catulo e o historiador Tito Lívio.

Arquitetura – construíram termas, basílicas, circos, aquedutos, templos religiosos, palácios, ..., com características monumentais e imponentes. Pontes e estradas interligavam todo o império.

Escultura – destacam-se os bustos (cabeça ou busto), estátuas eqüestres. Preocupação em conseguir a reprodução mais fiel possível da realidade e não a idealização dos modelos, como faziam os gregos.

Teatro – eram realizadas, sátiras, tragédias e pantomimas. Destacam-se Plauto, Terêncio, Lívio, Andrônico, entre outros.

Pão e circo – a fim de controlar a massa da população empobrecida, evitando revoltas, o estado romano oferecia pão gratuitamente e circo, onde eram realizados espetáculos sangrentos envolvendo gladiadores e feras. Destaca-se o circo coliseu. Também havia acrobacias realizadas por ginastas e equilibristas, além de corridas de cavalos atrelados a bigas.

Religião – politeístas; deuses com formas humanas; assimilaram dos gregos uma série de divindades, apenas mudando-lhes os nomes (Zeus era Júpiter, Atena era Minerva, Afrodite era Vênus, Ares era Marte, ...). No período imperial, passou-se a venerar a figura do imperador, que depois da morte passava a ocupar lugar entre os deuses tradicionais.


Cristianismo – os discípulos de Jesus levaram difundiram sua crença em todo o império. Alcançando grande aceitação entre os pobres e os escravos, o cristianismo não aceitava a religião oficial de Roma e nem o culto à figura do imperador, além da recusa a servir no exército pagão dos romanos. Por isso, muitos foram perseguidos no império e lançados à arena para diversão da população. Mas o cristianismo cresce tanto que, em 313 o imperador Constantino concede liberdade religiosa a todos os cristãos através do Édito de Milão. Em 391 o cristianismo torna-se a religião oficial de Roma e organizou-se a igreja católica, que construiu sua hierarquia tendo como modelo a estrutura administrativa do império.

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