ROMA ANTIGA
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1.
MONARQUIA
(753 A 509 A.C.)
Ä Roma era uma aldeia
sob a influência dos gregos e etruscos, caracterizada como sendo um genos.
Ä A propriedade dos
bens era coletiva, havia solidariedade entre os membros, havia o direito de
eleger o “pater”, chefe da comunidade, e de depô-lo. O conjunto de dez genos
formava uma “cúria”; dez cúrias formavam uma tribo, comandada por um chefe
eleito.
Ä Havia o Senado
(composto por velhos cidadãos, que podiam propor leis e fiscalizar a ação do
rei), a Assembléia Curial (guerreiros, que podiam aprovar ou rejeitar leis,
eleger os altos funcionários, aclamar o rei e julgar casos em última instância)
e o Rei (era eleito e comandava o exército, a religião e a justiça.
Ä Com o passar do
tempo, formaram novos grupos sociais: os patrícios (descendentes dos primeiros
romanos, tinham todos os direitos políticos de um cidadão. Era grandes
proprietários de terras e gado); os clientes (homens livres que serviam aos
patrícios, sem direitos políticos), os plebeus (homens livres, sem direitos
políticos e que sustentavam-se por conta própria, como comerciantes, artesãos e
agricultores, ou serviam no exército) e os escravos (prisioneiros de guerra,
sendo seu trabalho importantíssimo na economia romana.
2.
REPÚBLICA
ROMANA (509 A 31 A.C.)
Ä Estrutura de poder:
Senado (300 cidadãos com cargo vitalício), Assembléia dos Cidadãos (formada
pelos Comícios Curial, Centurial e Tribal) e Magistratura (altos funcionários
eleitos pela Assembléia dos Cidadãos, tendo os seguintes nomes: dois cônsules,
pretores, censores, edis, questores e ditador, eleito em casos de guerra, com
plenos poderes).
Ä Rebelião de
escravos: Revolta da Sicília (136
a 132 a .C.)
e Revolta de Cápua (73 a
71 a .C.),
liderada por Spartacus. As duas foram duramente reprimidas.
Ä Rebeliões da plebe:
em 494 a .C.
os plebeus organizam-se e saem de Roma, dirigindo-se ao monte Alventino. Os
patrícios lhes concede: o Comício da Plebe, presidido pelos Tribunos da Plebe
(com poderes de vetar a aprovação de quaisquer decisões do Estado); A Lei das
Doze Tábuas (leis escritas, válidas para patrícios e plebes); Lei Canuléia
(autorizava o casamento entre patrícios e plebeus); eleição de magistrados
(facilitou o acesso dos plebeus aos cargos da Magistratura) e fim da escravidão
por dívidas
Ä Guerras Púnicas (264
a 146 a .C.):
guerras contra Cartago, cidade de origem
fenícia, localizada no norte da África. Roma derrota Cartago e domina o
Mediterrâneo, além de acabar com o forte rival em termos comerciais. Os romanos
passam a chamar o Mediterrâneo de “Mare Nostrum”.
Ä Conseqüências da
expansão imperialista de Roma: surgimento de novos grupos sociais (cavaleiros
ou homens novos: enriquecidos com o comércio ou empréstimos a juros;
proletários: camadas pobres urbanas, que surgem graças ao êxodo rural: como não
tinham como competir com os latifúndios escravistas, são obrigados a abandonar
suas terras e dirigirem-se para as cidades); aumento da riqueza dos patrícios
(graças à expansão comercial, à conquista de mais terras e escravos)
Ä Com da tensão
social entre os diversos grupos, os governantes Tibério e, depois Caio,
criaram: a Lei Agrária ( limitava o crescimento dos latifúndios e obrigava o
Estado a distribuir parte das terras aos pobres); Lei Judiciária ( permitia aos
cavaleiros serem juizes no Tribunal do Júri) e Lei Frumental (concedia pão, dos
armazéns do Estado, por preços inferiores, aos pobres). Por pressão dos grupos
dominantes, só conseguiram manter-se a Lei Judiciária e a Lei Frumentária.
Ä Diversos chefes
militares lutam pelo poder: Caio Mário (tornou-se cônsul e instituiu o
pagamento de salário (soldo) aos soldados profissionais; Cornélio Sila
(instituiu um governo ditatorial impopular); Primeiro Triunvirato (governam
Pompeu, Crasso e Júlio César. Crasso é assassinato. Júlio César torna-se
ditador único de Roma);
Ä O governo de Júlio César:
reorganizou político-administrativamente Roma, distribuiu terras entre os
soldados, construiu grandes obras públicas, ... Acusando-o de pretender acabar
com a República e tornar-se um rei, um grupo de senadores o assassina em 15 de
março de 44 a .C.).
Ä Segundo Triunvirato: Marco Antônio, Otávio e
Lépido governam o Império. Lépido foi forçado a retirar-se do poder. Otávio
acusa Marco Antônio de pretender formar um império no Oriente, desmembrando
parte do Império. Otávio consegue apoio do Senado, derrota seu oponente e
torna-se o grande senhor de Roma.
3.
O
IMPÉRIO (27 A.C. A 476 D.C.)
Ä Otávio concentra
todo o poder, assumindo os títulos de Augusto (título de honra, concedido a
certos deuses), Princeps (primeiro cidadão de Roma), Imperator (comandante
absoluto do exército), Pontifex Maximus (sacerdote máximo da religião),
Tribunus Protestas (poder de tribuno para a vida toda) e Pater patrie (pai da
pátria).
Ä O imperador dividiu
as províncias em: senatoriais (regiões pacificadas, governadas por senadores
habilitados) e imperiais (regiões mais instáveis, lideradas por governadores
escolhidos diretamente por Otávio).
Ä A excessiva
exploração das províncias diminuiu; o exército foi encarregado de garantir a
paz dentro das fronteiras do império, cessando as conquistas (Pax Romana), ao
mesmo tempo que sufocava as revoltas internas; profissionalizou-se o exército.
Ä Após a morte de
Otávio, em 14 d.C., sucederam-se quatro dinastias de imperadores, dentro do
período de esplendor de Roma, conhecido como Alto Império (27 a .C. a 235 d.C.).
Ä Terminado o Alto
Império, começa um período que foi marcado pela decadência romana: o Baixo
Império (235 a
476 d.C).
Ä Causas do fim do
Império Romano: como as conquistas militares haviam cessado, O Império começou
a sofrer com a falta de mão-de-obra escrava, gerando uma crise econômica em todos
os setores onde eles eram empregados. O escravo começou a ser substituído pelo
colonato (arrendamento de terras a camponeses), ao mesmo tempo que o comércio,
o artesanato e a produção agrícola diminuem sensivelmente..Com a crise, as
cidades esvaziam-se e a economia sofre um processo de ruralização, em que as
propriedades rurais passam a ser auto-suficientes. O Estado fica sem ter como
arrecadar os impostos para manter seus funcionários e até seu próprio exército.
Sem ter saída, o Estado aumenta ainda mais os impostos. Desordens, tumultos e
saques surgem cada vez mais, devido ao desemprego à fome e à falta de apoio do
Estado. Externamente, o Império começou a sofrer as invasões dos diversos povos
“bárbaros” que ficavam foram dos limites romanos.
Ä Fim de melhor ser administrado, o Império é
dividido em 395 d.C., por Teodósio: Império Romano do Ocidente, com sede em
Roma, e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla.
Ä Em 476, o último
imperador do Império Romano do Ocidente, Rômulo Augusto, foi deposto por
Odoacro, rei dos hérulos. Era a queda de Roma. O Império Romano do Oriente
ainda conseguiu sobreviver até 1453, ano em que os turcos conseguem tomar
Constantinopla.
CULTURA
DA ROMA ANTIGA
Direito – buscava regular, por meio de normas
jurídicas, o comportamento social da numerosa população do império. Direito
público: referia-se às relações públicas em que o estado atuava como parte.
Direito privado: referia-se às relações jurídicas entre particulares.
Latim – deu origem às línguas portuguesa, francesa,
italiana, espanhola e romena. Expressões usadas até hoje: data venia (com a
devida licença); dura lex, sed lex (a lei é dura, mas é a lei); in dubio pro
reus (de houver dúvida no momento da decisão, o juiz deve decidir em favor do
réu); ...
Literatura – buscava-se a perfeição na forma de
apresentação, isto é, a beleza e a elegância do estilo literário, ao invés da criação
original. Destacam-se: Virgílio (Eneida), Horácio, Ovídio, Cícero, Catulo e o historiador
Tito Lívio.
Arquitetura – construíram termas, basílicas, circos,
aquedutos, templos religiosos, palácios, ..., com características monumentais e
imponentes. Pontes e estradas interligavam todo o império.
Escultura – destacam-se os bustos (cabeça ou busto),
estátuas eqüestres. Preocupação em conseguir a reprodução mais fiel possível da
realidade e não a idealização dos modelos, como faziam os gregos.
Teatro – eram realizadas, sátiras, tragédias e
pantomimas. Destacam-se Plauto, Terêncio, Lívio, Andrônico, entre outros.
Pão e circo – a fim de controlar a massa da população
empobrecida, evitando revoltas, o estado romano oferecia pão gratuitamente e
circo, onde eram realizados espetáculos sangrentos envolvendo gladiadores e
feras. Destaca-se o circo coliseu. Também havia acrobacias realizadas por
ginastas e equilibristas, além de corridas de cavalos atrelados a bigas.
Religião – politeístas; deuses com formas humanas;
assimilaram dos gregos uma série de divindades, apenas mudando-lhes os nomes
(Zeus era Júpiter, Atena era Minerva, Afrodite era Vênus, Ares era Marte, ...).
No período imperial, passou-se a venerar a figura do imperador, que depois da
morte passava a ocupar lugar entre os deuses tradicionais.
Cristianismo – os discípulos de Jesus levaram difundiram
sua crença em todo o império. Alcançando grande aceitação entre os pobres e os
escravos, o cristianismo não aceitava a religião oficial de Roma e nem o culto
à figura do imperador, além da recusa a servir no exército pagão dos romanos.
Por isso, muitos foram perseguidos no império e lançados à arena para diversão
da população. Mas o cristianismo cresce tanto que, em 313 o imperador Constantino
concede liberdade religiosa a todos os cristãos através do Édito de Milão. Em
391 o cristianismo torna-se a religião oficial de Roma e organizou-se a igreja
católica, que construiu sua hierarquia tendo como modelo a estrutura
administrativa do império.
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