paulodehistoria
Blog com conteúdos diversos de História, para interessados, curiosos e desbravadores do passado. Material postado para alunos do Ensino Fundamental.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
domingo, 4 de agosto de 2013
Império Romano - Texto
ROMA ANTIGA
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1.
MONARQUIA
(753 A 509 A.C.)
Ä Roma era uma aldeia
sob a influência dos gregos e etruscos, caracterizada como sendo um genos.
Ä A propriedade dos
bens era coletiva, havia solidariedade entre os membros, havia o direito de
eleger o “pater”, chefe da comunidade, e de depô-lo. O conjunto de dez genos
formava uma “cúria”; dez cúrias formavam uma tribo, comandada por um chefe
eleito.
Ä Havia o Senado
(composto por velhos cidadãos, que podiam propor leis e fiscalizar a ação do
rei), a Assembléia Curial (guerreiros, que podiam aprovar ou rejeitar leis,
eleger os altos funcionários, aclamar o rei e julgar casos em última instância)
e o Rei (era eleito e comandava o exército, a religião e a justiça.
Ä Com o passar do
tempo, formaram novos grupos sociais: os patrícios (descendentes dos primeiros
romanos, tinham todos os direitos políticos de um cidadão. Era grandes
proprietários de terras e gado); os clientes (homens livres que serviam aos
patrícios, sem direitos políticos), os plebeus (homens livres, sem direitos
políticos e que sustentavam-se por conta própria, como comerciantes, artesãos e
agricultores, ou serviam no exército) e os escravos (prisioneiros de guerra,
sendo seu trabalho importantíssimo na economia romana.
2.
REPÚBLICA
ROMANA (509 A 31 A.C.)
Ä Estrutura de poder:
Senado (300 cidadãos com cargo vitalício), Assembléia dos Cidadãos (formada
pelos Comícios Curial, Centurial e Tribal) e Magistratura (altos funcionários
eleitos pela Assembléia dos Cidadãos, tendo os seguintes nomes: dois cônsules,
pretores, censores, edis, questores e ditador, eleito em casos de guerra, com
plenos poderes).
Ä Rebelião de
escravos: Revolta da Sicília (136
a 132 a .C.)
e Revolta de Cápua (73 a
71 a .C.),
liderada por Spartacus. As duas foram duramente reprimidas.
Ä Rebeliões da plebe:
em 494 a .C.
os plebeus organizam-se e saem de Roma, dirigindo-se ao monte Alventino. Os
patrícios lhes concede: o Comício da Plebe, presidido pelos Tribunos da Plebe
(com poderes de vetar a aprovação de quaisquer decisões do Estado); A Lei das
Doze Tábuas (leis escritas, válidas para patrícios e plebes); Lei Canuléia
(autorizava o casamento entre patrícios e plebeus); eleição de magistrados
(facilitou o acesso dos plebeus aos cargos da Magistratura) e fim da escravidão
por dívidas
Ä Guerras Púnicas (264
a 146 a .C.):
guerras contra Cartago, cidade de origem
fenícia, localizada no norte da África. Roma derrota Cartago e domina o
Mediterrâneo, além de acabar com o forte rival em termos comerciais. Os romanos
passam a chamar o Mediterrâneo de “Mare Nostrum”.
Ä Conseqüências da
expansão imperialista de Roma: surgimento de novos grupos sociais (cavaleiros
ou homens novos: enriquecidos com o comércio ou empréstimos a juros;
proletários: camadas pobres urbanas, que surgem graças ao êxodo rural: como não
tinham como competir com os latifúndios escravistas, são obrigados a abandonar
suas terras e dirigirem-se para as cidades); aumento da riqueza dos patrícios
(graças à expansão comercial, à conquista de mais terras e escravos)
Ä Com da tensão
social entre os diversos grupos, os governantes Tibério e, depois Caio,
criaram: a Lei Agrária ( limitava o crescimento dos latifúndios e obrigava o
Estado a distribuir parte das terras aos pobres); Lei Judiciária ( permitia aos
cavaleiros serem juizes no Tribunal do Júri) e Lei Frumental (concedia pão, dos
armazéns do Estado, por preços inferiores, aos pobres). Por pressão dos grupos
dominantes, só conseguiram manter-se a Lei Judiciária e a Lei Frumentária.
Ä Diversos chefes
militares lutam pelo poder: Caio Mário (tornou-se cônsul e instituiu o
pagamento de salário (soldo) aos soldados profissionais; Cornélio Sila
(instituiu um governo ditatorial impopular); Primeiro Triunvirato (governam
Pompeu, Crasso e Júlio César. Crasso é assassinato. Júlio César torna-se
ditador único de Roma);
Ä O governo de Júlio César:
reorganizou político-administrativamente Roma, distribuiu terras entre os
soldados, construiu grandes obras públicas, ... Acusando-o de pretender acabar
com a República e tornar-se um rei, um grupo de senadores o assassina em 15 de
março de 44 a .C.).
Ä Segundo Triunvirato: Marco Antônio, Otávio e
Lépido governam o Império. Lépido foi forçado a retirar-se do poder. Otávio
acusa Marco Antônio de pretender formar um império no Oriente, desmembrando
parte do Império. Otávio consegue apoio do Senado, derrota seu oponente e
torna-se o grande senhor de Roma.
3.
O
IMPÉRIO (27 A.C. A 476 D.C.)
Ä Otávio concentra
todo o poder, assumindo os títulos de Augusto (título de honra, concedido a
certos deuses), Princeps (primeiro cidadão de Roma), Imperator (comandante
absoluto do exército), Pontifex Maximus (sacerdote máximo da religião),
Tribunus Protestas (poder de tribuno para a vida toda) e Pater patrie (pai da
pátria).
Ä O imperador dividiu
as províncias em: senatoriais (regiões pacificadas, governadas por senadores
habilitados) e imperiais (regiões mais instáveis, lideradas por governadores
escolhidos diretamente por Otávio).
Ä A excessiva
exploração das províncias diminuiu; o exército foi encarregado de garantir a
paz dentro das fronteiras do império, cessando as conquistas (Pax Romana), ao
mesmo tempo que sufocava as revoltas internas; profissionalizou-se o exército.
Ä Após a morte de
Otávio, em 14 d.C., sucederam-se quatro dinastias de imperadores, dentro do
período de esplendor de Roma, conhecido como Alto Império (27 a .C. a 235 d.C.).
Ä Terminado o Alto
Império, começa um período que foi marcado pela decadência romana: o Baixo
Império (235 a
476 d.C).
Ä Causas do fim do
Império Romano: como as conquistas militares haviam cessado, O Império começou
a sofrer com a falta de mão-de-obra escrava, gerando uma crise econômica em todos
os setores onde eles eram empregados. O escravo começou a ser substituído pelo
colonato (arrendamento de terras a camponeses), ao mesmo tempo que o comércio,
o artesanato e a produção agrícola diminuem sensivelmente..Com a crise, as
cidades esvaziam-se e a economia sofre um processo de ruralização, em que as
propriedades rurais passam a ser auto-suficientes. O Estado fica sem ter como
arrecadar os impostos para manter seus funcionários e até seu próprio exército.
Sem ter saída, o Estado aumenta ainda mais os impostos. Desordens, tumultos e
saques surgem cada vez mais, devido ao desemprego à fome e à falta de apoio do
Estado. Externamente, o Império começou a sofrer as invasões dos diversos povos
“bárbaros” que ficavam foram dos limites romanos.
Ä Fim de melhor ser administrado, o Império é
dividido em 395 d.C., por Teodósio: Império Romano do Ocidente, com sede em
Roma, e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla.
Ä Em 476, o último
imperador do Império Romano do Ocidente, Rômulo Augusto, foi deposto por
Odoacro, rei dos hérulos. Era a queda de Roma. O Império Romano do Oriente
ainda conseguiu sobreviver até 1453, ano em que os turcos conseguem tomar
Constantinopla.
CULTURA
DA ROMA ANTIGA
Direito – buscava regular, por meio de normas
jurídicas, o comportamento social da numerosa população do império. Direito
público: referia-se às relações públicas em que o estado atuava como parte.
Direito privado: referia-se às relações jurídicas entre particulares.
Latim – deu origem às línguas portuguesa, francesa,
italiana, espanhola e romena. Expressões usadas até hoje: data venia (com a
devida licença); dura lex, sed lex (a lei é dura, mas é a lei); in dubio pro
reus (de houver dúvida no momento da decisão, o juiz deve decidir em favor do
réu); ...
Literatura – buscava-se a perfeição na forma de
apresentação, isto é, a beleza e a elegância do estilo literário, ao invés da criação
original. Destacam-se: Virgílio (Eneida), Horácio, Ovídio, Cícero, Catulo e o historiador
Tito Lívio.
Arquitetura – construíram termas, basílicas, circos,
aquedutos, templos religiosos, palácios, ..., com características monumentais e
imponentes. Pontes e estradas interligavam todo o império.
Escultura – destacam-se os bustos (cabeça ou busto),
estátuas eqüestres. Preocupação em conseguir a reprodução mais fiel possível da
realidade e não a idealização dos modelos, como faziam os gregos.
Teatro – eram realizadas, sátiras, tragédias e
pantomimas. Destacam-se Plauto, Terêncio, Lívio, Andrônico, entre outros.
Pão e circo – a fim de controlar a massa da população
empobrecida, evitando revoltas, o estado romano oferecia pão gratuitamente e
circo, onde eram realizados espetáculos sangrentos envolvendo gladiadores e
feras. Destaca-se o circo coliseu. Também havia acrobacias realizadas por
ginastas e equilibristas, além de corridas de cavalos atrelados a bigas.
Religião – politeístas; deuses com formas humanas;
assimilaram dos gregos uma série de divindades, apenas mudando-lhes os nomes
(Zeus era Júpiter, Atena era Minerva, Afrodite era Vênus, Ares era Marte, ...).
No período imperial, passou-se a venerar a figura do imperador, que depois da
morte passava a ocupar lugar entre os deuses tradicionais.
Cristianismo – os discípulos de Jesus levaram difundiram
sua crença em todo o império. Alcançando grande aceitação entre os pobres e os
escravos, o cristianismo não aceitava a religião oficial de Roma e nem o culto
à figura do imperador, além da recusa a servir no exército pagão dos romanos.
Por isso, muitos foram perseguidos no império e lançados à arena para diversão
da população. Mas o cristianismo cresce tanto que, em 313 o imperador Constantino
concede liberdade religiosa a todos os cristãos através do Édito de Milão. Em
391 o cristianismo torna-se a religião oficial de Roma e organizou-se a igreja
católica, que construiu sua hierarquia tendo como modelo a estrutura
administrativa do império.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Grécia Antiga - Exercícios
QUESTÕES SOBRE A
GRÉCIA ANTIGA
ASSINALE A
ALTERNATIVA CORRETA.
1. Sobre a economia da Grécia Antiga é verdadeiro afirmar que:
A - Os gregos nunca
usaram moedas e toda economia era baseada no sistema de trocas.
B - Os gregos
possuíam uma economia fechada, as relações comerciais eram restritas às cidades-estados
gregas.
C - O trabalho
assalariado era o mais comum na Grécia Antiga, pois o escravismo nunca foi
adotado já que era proibido em todo território grego.
D - O comércio
marítimo foi uma das principais atividades econômicas da Grécia Antiga.
2. Sobre a religião grega é falso afirmar que:
A - Os gregos antigos
eram monoteístas, ou seja, acreditavam na existência de apenas um deus.
B - Os gregos antigos
eram politeístas, ou seja, acreditavam na existência de vários deuses.
C - Os gregos antigos
faziam consultas aos deuses no oráculo de Delfos.
D - Em homenagem aos
deuses, principalmente a Zeus (deus dos deuses), os gregos criaram os Jogos
Olímpicos.
3. Qual das alternativas abaixo aponta uma importante característica da
cultura na Grécia Antiga?
A - As artes
plásticas na Grécia Antiga não apresentou grande valor artístico, pois as
esculturas e pinturas não eram realistas.
B - A arquitetura
grega foi a principal manifestação cultura da Grécia Antiga, pois recebeu muita
influência dos egípcios e mesopotâmicos.
C - O teatro foi uma
importante manifestação cultural na Grécia Antiga. Nos anfiteatros, os atores
gregos representavam comédias e dramas.
D - No campo
cultural, os gregos se dedicaram quase que exclusivamente às danças e festas
musicais.
4. Uma das principais cidades-estados da Grécia Antiga foi Esparta. Qual
das alternativas abaixo apresenta características de Esparta?
A - Esparta foi uma
cidade-estado que se dedicou muito no desenvolvimento intelectual e artísticos
dos seus cidadãos.
B - Fundada pelos
Dórios, Esparta era uma cidade-estado militarista e com uma sociedade
estamental (pouca mobilidade social).
C - Esparta foi uma
cidade pacífica, sendo que não se envolveu em nenhuma guerra em toda sua História.
D - Esparta foi
fundada pelos jônios e teve no comércio marítimo e na indústria suas principais
atividades econômicas.
5. Atenas foi uma importante cidade-estado grega na antiguidade. Qual das
alternativas abaixo aponta características importantes da sociedade ateniense.
A - Atenas foi uma
cidade exclusivamente voltada para a guerra.
B - Em Atenas todas
as pessoas podiam participar da democracia, inclusive escravos, mulheres e
crianças.
C - Os atenienses
valorizavam muito a democracia, as manifestações artísticas e a Filosofia.
D - Atenas possuía
uma sociedade igualitária, ou seja, não havia classes sociais e todos viviam
com o mesmo padrão de renda.
6.
Na antiguidade clássica, as cidades-estados representavam
A - uma forma de garantir
territorialmente a participação ampla da população na vida política grega.
B - um recurso de expansão das
colônias gregas.
C - uma forma de assegurar a
independência política das cidades gregas entre si.
D - uma característica da civilização
helenística no sistema político grego.
E - uma instituição política helenística no sistema político grego.
7. Atenas
foi considerada o berço do regime democrático no mundo antigo. Sobre o regime
democrático ateniense, é CORRETO afirmar que:
A.
Era baseado na eleição de
representantes para as Assembleias Legislativas, que se reuniam uma vez por ano
na Ágora e deliberavam sobre os mais variados assuntos.
B.
Apenas os homens livres eram
considerados cidadãos e participavam diretamente das decisões tomadas na
Cidade-Estado.
C.
Os estrangeiros e mulheres maiores de
21 anos podiam participar livremente das decisões tomadas
nas assembleias da Cidade-Estado.
D.
Era erroneamente chamado de
democrático pois negava a existência de representantes eleitos pelo povo.
E.
A inexistência de escravos em Atenas
levava a uma participação quase total da população da Cidade-Estado na
política.
8. Foram características econômicas e sociais
da Cidade-Estado Esparta, no período Arcaico:
A.
a posição do indivíduo na comunidade
era definida pelo seu grau de parentesco com o patriarca e sua economia era
natural e coletivista.
B.
as classes sociais ligadas ao
comércio, ao mesmo tempo que adquiriam maior poder econômico, procuravam
ampliar seu domínio social.
C.
a existência de uma oligarquia
aristocrática, que monopolizava o poder militar, político e religioso,
culturalmente arcaica, sem atividades mercantis.
D.
a proibição da escravidão por dívidas
pela oligarquia dominante estimulou a vinda para a cidade de artesãos
estrangeiros, a fim de promover o comércio e atividades culturais.
E.
cidade marítima dominada por
camponeses proprietários de minifúndios, que permitia aos estrangeiros,
Metecos, a realização de atividades culturais.
QUESTÕES DISSERTATIVAS.
1.
Cite
três características da pólis grega.
2.
Identifique
os dois principais modelos de cidade-estado desenvolvidos na Grécia.
3.
Cite
uma característica da democracia grega que a diferencie da democracia atual.
4.
Esparta,
estruturada politicamente num modelo oligárquico e militarista; e Atenas, como
modelo democrático. Em ambos os casos, as cidades vivenciaram diferentes formas
de organização política até se
configurarem como modelos das pólis gregas. Quais foram as diferenças entre
essas pólis?
5.
A
sociedade grega se caracterizava pela ausência de diferenças sociais. Essa
frase é verdadeira? Justifique.
6.
A
pobreza do solo grego e a necessidade de novas terras para suprir suas
necessidades geraram quais consequências para os antigos gregos?
7.
Caracterize
a arte grega.
8.
Caracterize
a religião grega.
9.
Caracterize
a filosofia grega.
10.
Caracterize
as olimpíadas gregas.
11.
Caracterize
o teatro grego.
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