Blog com conteúdos diversos de História, para interessados, curiosos e desbravadores do passado. Material postado para alunos do Ensino Fundamental.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
PERSAS - Texto
OS PERSAS
Ciro
unificou medos e persas, lançando as bases do seu império desde o rio Indo, na
Índia, até o norte da Grécia, incluindo a Mesopotâmia.
A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO
- O império era governado, em seu auge, por
Dario I. As províncias eram chamadas de satrapias.
- O Império Persa era dividido em vinte
satrapias, cada uma governada pelos sátrapas, altos funcionários reais,
para administrá-las. Com a intenção de não dar poderes absolutos aos
sátrapas, nomeou para cada província um general e um secretário,
subordinados diretamente ao imperador.
- O sátrapa era responsável pela
arrecadação dos impostos em seu território. Uma parte dos tributos ele
usava para manter a administração e o exército, a outra, ele enviava para
o rei.
- A riqueza para sustentar o enorme império
era fornecida por camponeses livres, que viviam em comunidades e pagavam
impostos ao imperador. Havia também o trabalho escravo, mas a maioria dos
trabalhadores não pertencia a essa categoria.
- Altos funcionários eram enviados,
seguidamente, às satrapias, para fiscalização e para evitar traições. Eram
os “olhos e ouvidos” do imperador.
- A adoção da língua aramaica em todos os
documentos oficiais, o adoção de um eficiente sistema de correios a cavalo
e a construção de uma rede de estradas favoreceu a administração do grande
império. Ao
mesmo tempo em que a rede de estradas garantia um melhor deslocamento aos
exércitos, também servia de apoio no desenvolvimento das atividades
comerciais.
- Não havia uma capital única no Império e
sim várias cidades que se transformavam em centros políticos, de onde o
rei governava temporariamente: Susa, Persépolis, Babilônia e
Ecbátana.
- Os imperadores persas não proibiam os
costumes, as leis, as religiões as línguas nativas dos povos conquistados.
E concediam alguma autonomia para as classes altas, que governavam
as regiões dominadas. Mas os persas exigiam, em troca, homens para seu
exército, alimentos e metais preciosos.
- Um exemplo da tolerância persa:
depois de tomar a Babilônia, Ciro restitui a liberdade aos
Hebreus, livrando-os do “Cativeiro da Babilônia”, e lhes deu
o mobiliário do Templo de Jerusalém, pilhado por
Nabucodonosor.
- A política no Estado persa era toda
dominada e feita pelo imperador (rei), soberano absoluto que mandava e
controlava tudo e todos. O rei era considerado quase um deus. Governava
por ordem de deus na Terra. Desta forma, o poder era considerado de
direito divino (Teocracia).
- Como no Egito, a agricultura era a base
de sua economia e dependia das cheias dos rios Tigre e Eufrates. O
controle das atividades econômicas era exercido pelo Estado. Plantava-se a
cevada, o trigo e o centeio.
A SOCIEDADE
- A sociedade persa era dividida em rígidas
camadas sociais. No topo da sociedade estava o rei, abaixo do rei estavam
os sacerdotes, A nobreza e os grandes comerciantes.
- Depois, a camada média da população
(pequenos comerciantes, artesãos e soldados).
- Os camponeses, considerados homens livres,
formavam outro grupo social. Estes viviam miseravelmente, muito explorados
e eram obrigados a entregar quase tudo o que produziam para os donos das
terras. Eram obrigados também a prestar serviços na construção de palácios
e de obras públicas (canais de irrigação, estradas, etc.).
- Por último, vinham os escravos,
aprisionados nas conquistas militares, formavam um grupo numeroso, que
executavam os trabalhos mais pesados na construção de palácios e obras
públicas.
A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO
- Dario é derrotado, na Grécia, na Batalha
de Maratona (490 A.C.), pelos atenienses.
- Em 330 A.C., os persas, liderados por
Xerxes e seu filho Artaxerxes, são derrotados por Alexandre
Magno, da Macedônia
A RELIGIÃO
A religião era dualista: havia a luta entre o bem – Ormuz (ou Ahura-Mazda) – e o mal – Arimã,
fundada por Zoroastro ou Zaratrusta.
Os princípios básicos da religião estão contidos no livro sagrado
“Zend-Avesta”.
Ormuz não tinha imagem, sendo simbolizado pelo fogo. Era o deus da
luz e criador das coisas boas da Terra
Arimã é representado por uma serpente. Era o responsável pelas
doenças e pelas desgraças do mundo, sendo o deus das trevas.
O zoroastrismo valoriza o livre-arbítrio do homem, isto é, cada pessoa
era livre para escolher entre o bem e o mal. Mas, no dia do Juízo Final,
responderia pelas consequências de sua escolha.
O Juízo Final chegaria quando os dois deuses se enfrentariam e seria o momento
onde todos os homens seriam julgados por seus atos.
Portanto, segundo o zoroastrismo, o dever das pessoas é praticar o bem e a
justiça, para que, no dia do Juízo Final, Ormuz seja vitorioso e, assim o bem
prevaleça sobre o mal. Além disso, aos bons estava reservada a vida eterna no
paraíso.
Portanto, também acreditavam também na imortalidade da alma e na ressurreição
dos mortos.
Na Pérsia não existiam templos ou cultos. Zoroastro acabou com as crenças nos
antigos ídolos ao demonstrar que a verdade e a pureza eram expressões do
próprio culto.
Algumas características do zoroastrismo influenciaram outras
religiões, como o cristianismo e o judaísmo. No cristianismo, por exemplo,
encontram-se presentes as ideias de Juízo Final, do paraíso e da divisão entre
bem e mal.
Algumas virtudes recomendadas pelo zoroastrismo, como o cumprimento às
obrigações de trabalho, obediência aos governantes, criação de muitos filhos e
cultivo da terra, serviam também para convencer a camada mais inferior da
sociedade persa a não se revoltar contra a situação de exploração a que vivia
submetida. Essa concepção religiosa acabou por se transformar em importante
fator de controle político e social por parte dos reis e da aristocracia persa.
A CULTURA
As criações artísticas e intelectuais sofreram influência das culturas dos povos
vizinhos. Os persas optaram a
princípio pela escrita cuneiforme, inventada pelos sumérios, que depois foi
substituída por uma escrita alfabética. Adotaram o uso de moeda (o dárico),
visando ao desenvolvimento do comércio.
Na arquitetura, os persas usaram como modelo as construções babilônicas e
egípcias, embora os grandes monumentos persas não fossem templos – como no
Egito e na Mesopotâmia – e sim palácios reais.
FENÍCIOS - Texto
FENÍCIOS
Ä Grandes navegadores
e comerciantes fundaram colônias em várias regiões ao longo das costas do
Mediterrâneo, devido ao seu solo montanhoso e pouco fértil.
Ä Sua característica
era a organização em cidades-Estado, governadas por monarquias hereditárias,
governando em conjunto com um conselho de anciãos e de magistrados.
Ä Destacam-se as
cidades de Biblos, Sídon, Tiro e Cartago.
Ä Grupos sociais:
grupos dominantes (comerciantes, donos de oficinas de artesanato, negociantes
de escravos, funcionários, sacerdotes); grupos dominados (artesãos, pescadores,
camponeses, escravos domésticos e marinheiros pobres).
Destaque: invenção do alfabeto.
HEBREUS - Texto
HEBREUS
Hebreu vem da raiz
‘a-vár’, que significa “passar, transitar, atravessar, cruzar”. Esse nome
denota viajantes, aqueles que ‘passam adiante’. Também significa, do hebraico עברים, (transl. Ivrim), "descendentes do
patriarca bíblico Éber“. Éber ou Heber foi ancestral de Abraão.
GOVERNO OU ERA DOS PATRIARCAS
Os hebreus eram
dirigidos por patriarcas: os
mais velhos, assumindo as funções de chefe, juiz e sacerdote. Eram encarados
como os “pais” da comunidade.
O primeiro grande líder, ou patriarca hebreu
foi ABRAÃO. Segundo o Antigo Testamento. Abraão era mesopotâmico,
originário de Ur, da Caldéia. Recebeu o título de “pai dos hebreus”
De acordo com as escrituras sagradas, por
volta de 2000 A.C., Abraão recebeu uma sinal divino para abandonar o politeísmo
e cultuar Iavé ( Yahweh).
Abraão conduziu os hebreus de
Ur, rumo à CANAÃ (a Terra
Prometida), confiando na promessa de seu único Deus, de levá-los a uma terra
rica em “leite e mel”. Chegaram por volta de 2000 a. C., vivendo na Palestina
por quase três séculos. Durante esse tempo, Abraão fundou uma cultura religiosa
monoteísta.
Depois de Abraão, a liderança
foi passando de pai para filho. De Abraão foi para Isaac e depois para Jacó.
Este último teve um destaque interessante, pois Jacó teve seu nome mudado para Israel
e teve doze filhos, que deram origem às doze tribos de Israel.
Mas tiveram tempos complicados. Os
hebreus tiveram conflitos com vizinhos e uma terrível seca que assolou a
Palestina, obrigando-os a emigrar para o Egito em 1700 A.C., onde permaneceram
por mais de 400 anos.
Foram perseguidos e escravizados pelos
faraós de Tebas, trabalhando em fortificações nas fronteiras. Somente a ideia
de libertação consolou um povo abatido e escravizado. Essa ideia veio por meio
de MOISÉS. Os hebreus
liderados por ele , fugiram do Egito em 1250 A.C. o “ÊXODO”.
Eles
fugiram do Egito, perambularam 40 anos no
deserto e por fim retornaram à palestina, após terem recebido um sinal de Deus
para voltarem para a terra prometida, Canaã. Podemos ver no Êxodo, do relato
bíblico, algumas particularidades, como a ocasião em que o Deus dos hebreus ,
Jeová, abriu o mar Vermelho.
Moisés, no Monte Sinai,
recebeu os ”DEZ MANDAMENTOS”, que
deveriam orientar o comportamento dos hebreus.
Durante a perambulação , Moisés não chegou
a entrar na Palestina, por isso quem os conduziu até lá foi Josué, sucessor de Moisés. Mas para
repousarem na Palestina, os hebreus tiveram que travar intensas lutas com os
cananeus e, posteriormente, com os filisteus, povos que ocuparam a região.
Foram quase dois séculos de lutas e nesse
período os hebreus foram governados pelos JUÍZES, que criaram uma confederação entre as doze tribos para se
protegerem contra os inimigos.
E ASSIM PASSAMOS PARA A
SEGUNDA ERA HEBRAICA.
GOVERNO OU ERA DOS JUÍZES
Antes quem julgava os hebreus era o
patriarca. Agora, havia líderes aos mesmo tempo militares, políticos e
religiosos, indicados das doze tribos, mas só em nos períodos em que as tribos
se uniam para combater os inimigos: os JUÍZES.
Esse período se estendeu por uns 300 anos, entre a conquista da Palestina
(chamada também de Canaã) até o início da monarquia.
GOVERNO OU ERA DOS REIS (MONARQUIA)
Entre esses chefes estavam: Gideão, Jefté,
Samuel e Sansão.
Os filisteus
ainda representavam muita ameaça aos hebreus, visto que lutavam pelo completo
controle do território da Palestina. Isso fez com que os hebreus instituíssem a
MONARQUIA, para poder assim
centralizar o poder e ter mais força para enfrentar os adversários.
O primeiro rei hebreu foi: SAUL, da tribo de Benjamim (1010-1006 A.C.).
DAVI (1006-966 A.C.) , sucessor de Saul, conseguiu mostrar eficiência
nos combates militares. Venceu os inimigos, tornou a nação hebraica forte e
estabilizada. Tinham um exército brilhante e Jerusalém se tornou a capital. Como Davi pertencia à tribo de
Judá, os hebreus passam a se chamar de judeus.
Seu filho, SALOMÃO, o sucedeu (966-926 A.C), ficando conhecido na história
pela imensa fortuna e sabedoria que adquiriu.
Mas haviam altos impostos e os
camponeses trabalhavam muito nas construções. Isso gerou descontentamento
geral, que piorou com a morte de Salomão.
O resultado foi que com o filho
de Salomão, Roboão,o reino acabou se dividindo.
Surgiram os reinos de
Israel e o reino de Judá. Com as capitais em Samaria e Jerusalém,
respectivamente.
Com isso os Reinos ficaram
vulneráveis e logo foram levados ao cativeiro pelos babilônios (caldeus).
Estes saquearam o templo em
Jerusalém e destruíram tudo. O CATIVEIRO DA BABILÔNIA iniciou-se em 587 A.C.
e durou até 538 A.C.. Depois, libertados pelos persas, retornaram à Palestina,
dando início à reconstrução das muralhas da cidade, do templo e da própria
cidade.
Mais tarde, foram conquistados
novamente pelos macedônios (Alexandre, o Grande, em 333 A.C.) e pelos romanos. Em 70, Tito, general romano, destruiu Jerusalém e os hebreus abandonaram
a Palestina. Adriano, em 131, domina definitivamente os hebreus. Esse fato
marca a DIÁSPORA, quando os hebreus foram escravizados e espalhados pelo
Império Romano, abandonando a Palestina. Os judeus foram para a Ásia Menor, África ou sul e leste da Europa.
Somente em 1948 foi fundado
novamente o Estado de Israel, junto com conflitos com árabes e de outras
nacionalidades.
SOCIEDADE HEBRAICA
A maioria eram camponeses, pastores e
escravos. Pagavam altos impostos ou então serviam em vários trabalhos como o
serviço militar. Acima dessa classe tem os burocratas e comerciantes. No topo
estavam os grandes fazendeiros, sacerdotes, funcionários públicos e a família
real.
ECONOMIA
Na maior parte do tempo a economia era
baseada na agricultura e na criação de ovelhas e cabras. Somente a partir do
reinado de Salomão é que os hebreus desenvolveram mais o comércio. Daí
começaram a buscar o individualismo, o lucro. Infelizmente, isso resultou na
desigualdade social.
RELIGIÃO
A religião era a base da
cultura. O monoteísmo – crença em um só deus - influenciou na criação do
cristianismo e do islamismo. Os hebreus tinham Jeová ou Iavé, como único Deus.
Acreditavam que Jeová enviaria o messias e que libertaria o povo. O judaísmo
foi a primeira religião que pregava que as pessoas deveriam agir de forma
correta e justa, privilegiando o bem, a justiça e a paz social.
Outras características:
Não
apresenta sacramentos.
O deus
Iavé não pode ser cultuado por meio
de imagens.
Não
aceitam o Novo Testamento, nem Cristo como Messias.
O
Messias está por vir.
Sábado
(Sabath) é o sétimo dia da criação do mundo, por isso não se deve trabalhar.
O
culto é nas sinagogas.
Na
Páscoa (Pessach), comemoram o Êxodo.
A
festa de Pentecostes comemora a entrega dos Dez Mandamentos no Monte
Sinai, cinquenta dias depois do Êxodo.
A
festa de Ano Novo (Rosh Hashaná) é no mês de setembro.
“Dia
do Perdão” ou Expiação (Yon Kippur) - em 2011, no dia 8 de outubro. Começa
no crepúsculo, continuando até ao seguinte pôr do sol, com um período
de jejum de 25 horas e reza intensa.
Preceitos: circuncisão, imortalidade da
alma, juízo final, recompensas e castigos após a morte.
Livros sagrados: Antigo Testamento; Torá,
supostamente escrito por Moisés; Talmude: coleção de livros sagrados,
preparados por alguns rabinos judeus, contendo um conjunto de leis, civis e
religiosas, do povo descendente de Abraão.
FESTAS JUDAICAS
As datas das festas religiosas dos judeus são móveis e as
principais são as seguintes:
Purim - os judeus comemoram a salvação de um massacre elaborado pelo rei persa Assucro.
Pessach - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egito, em 1300 AEC
Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 AEC
Rosh Hashaná - é comemorado o Ano-Novo judaico.
Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para purificar o espírito.
Sucót - refere-se a peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação do cativeiro do Egito.
Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do tempo de Jerusalém.
Simchat Torá - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.
Purim - os judeus comemoram a salvação de um massacre elaborado pelo rei persa Assucro.
Pessach - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egito, em 1300 AEC
Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 AEC
Rosh Hashaná - é comemorado o Ano-Novo judaico.
Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para purificar o espírito.
Sucót - refere-se a peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação do cativeiro do Egito.
Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do tempo de Jerusalém.
Simchat Torá - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.
O CALENDÁRIO JUDAICO
A contagem dos anos judaicos começa no dia da
criação do homem. Segundo a Torá, Deus criou o mundo em 7 dias, sendo que no
sexto dia ele criou o homem. Ao longo do texto da Torá, conta-se a história de
algumas pessoas deixando claro com que idade nasceram os seus filhos.
Somando-se assim as idades de cada nascimento até uma data já conhecida se
determinou a idade do mundo. Em outubro de 2013 se entrou no ano de 5774.
O calendário judaico é
lunissolar (os meses seguem as fases da Lua), porém leva-se em conta as
estações do ano. Isto é, os meses são baseados nos ciclos da Lua, enquanto o ano é adaptado regularmente de acordo
com o ciclo solar. Por isso ele é composto alternadamente por anos de 12 ou 13 meses. Atualmente os judeus ortodoxos o utilizam no cotidiano para
a determinação das datas de aniversário, falecimento, casamento entre outras,
enquanto a maior parte dos judeus o utiliza somente para fixar as festividades, os serviços religiosos e outros eventos da
comunidade.
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