quinta-feira, 24 de março de 2011

A IGREJA NA IDADE MÉDIA

A IGREJA CATÓLICA NA IDADE MÉDIA 1. INTRODUÇÃO No ano de 391, a religião cristã foi transformada em religião oficial do Império Romano. A partir deste momento, a Igreja Católica começou a se organizar e ganhar força no continente europeu. Nem mesmo a invasão dos povos "bárbaros" (germânicos) no século V atrapalhou o crescimento do catolicismo. Em meio à desorganização administrativa, econômica e social produzida pelas invasões germânicas e ao esfacelamento do Império Romano, praticamente apenas a Igreja Católica, com sede em Roma, conseguiu manter-se como instituição. Fortalecendo sua estrutura religiosa, a Igreja foi difundindo o cristianismo entre os povos "bárbaros", enquanto preservava muitos elementos da cultura greco-romana. Valendo-se de sua crescente influência religiosa, a Igreja passou a exercer importante papel em diversos setores da vida medieval, servindo como instrumento de unificação, diante da falta de um poder político centralizado na sociedade feudal. 2. ASPECTOS GERAIS Como religião única e oficial, a Igreja Católica não permitia opiniões e posições contrárias aos seus dogmas (isto é, suas verdades incontestáveis). Aqueles que desrespeitavam ou questionavam as decisões da Igreja eram perseguidos e punidos. Na Idade Média, a Igreja Católica criou o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) no século XIII, para combater os hereges (aqueles considerados contrários à religião católica). A Inquisição prendeu, torturou e mandou para a fogueira milhares de pessoas que não seguiam as ordens da Igreja. Por outro lado, alguns integrantes da Igreja Católica foram extremamente importantes para a preservação da cultura. Os monges copistas dedicaram-se à copiar e guardar os conhecimentos das civilizações antigas, principalmente, dos sábios gregos. Graças aos monges, essa cultura se preservou, sendo retomada na época do Renascimento (como veremos nos próximos trimestres, gurizada). 3. A HIERARQUIA DA IGREJA CATÓLICA A posição do membro do clero variava de acordo com as posses e a origem do religioso; dificilmente os monges e padres de origem “menos nobre” chegavam às mais altas posições da Igreja; alguns padres, os diáconos, os bispos e os arcebispos ocupavam um posição privilegiada, morando nas cidades, geralmente; os frades saíam às ruas pregando e catequizando, morando em pequenas localidades; os monges dedicavam-se à oração, morando em lugares isolados (os mosteiros). 4. A IGREJA CATÓLICA TINHA ENORME PODER NA IDADE MÉDIA Um terço das terras da Europa ocidental pertencia à Igreja Católica; recebia doações de terras de reis e da nobreza feudal; recebia o dízimo (10% de toda a produção) dos servos; os reis e a nobreza feudal deveriam zelar pela Igreja e pela fé cristã; somente depois da aprovação da Igreja, algum nobre se tornava rei; somente o clero era capaz de compreender as mensagens de Deus e transmiti-las a seus fiéis; a Igreja também enriquecia graças à venda de indulgências, isto é, o perdão dos pecados; o clero condenava o lucro e o empréstimo de dinheiro a juros, praticados pelos comerciantes, mas a Igreja ganhava muitos rendimentos de suas terras, e a ideia de ser cristão fornecia identidade religiosa aos europeus ocidentais, unindo-os em torno da Igreja. 5. OS TRIBUNAIS DA SANTA INQUISIÇÃO! Origem: criada pelo Papa Gregório IX, em 1231. Motivo: combater os movimentos e ameaças, tantos internas, quanto externas, contra a fé católica. Função: interrogar e sentenciar aqueles considerados hereges. Quem era considerado herege:  religiosos que se punham à riqueza da Igreja e a alguns aspectos da doutrina católica;  seguidores de divindades pagãs (cuja origem era dos antigos povos “bárbaros”);  filósofos, cientistas e seguidores de outras religiões, além das  bruxas: pessoas acusadas de fazer feitiços e usar poderes sobrenaturais, supostamente obtidos em rituais satânicos e pactos com demônios. Características dos tribunais: o processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica. 6. VERDADES INCRÍVEIS! Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil; os inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunhassem contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada; camponeses eram incentivados (convencidos com a promessa de ascenderem ao reino divino ou através de recompensas financeiras) à denunciar supostos hereges; até crianças podiam denunciar alguém; os acusados eram feitos prisioneiros e, sob tortura, obrigados a confessarem sua condição de hereges; a execução era realizada, geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os moradores; punir publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. E a vítima podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada. Sem mito algum, as bruxas eram apenas mulheres que conheciam e entendiam do emprego de ervas medicinais para cura de enfermidades! E colocavam em prática seus conhecimentos nos vilarejos onde habitavam. Com a chegada do Cristianismo, as mulheres foram colocadas em segundo plano e tidas como objetos de pecado utilizados pelo diabo. Muitas mulheres não aceitaram essa identificação e rebelaram-se, o que passou a incomodar o poder religioso. Assim acusar uma mulher de bruxaria ficou fácil: bastava uma mulher casada perder a hora de acordar, que o marido a acusava de estar sonhando com o demônio. 7. A IGREJA E A CULTURA NA IDADE MÉDIA A Igreja procurou controlar todas as formas de manifestação cultural: a mentalidade das pessoas, a filosofia, a arte, a arquitetura,... Tudo era muito influenciado pelo pensamento religioso: TEOCENTRISMO = Deus é o centro de tudo; o mundo era algo organizado e comandado por leis divinas e imutáveis; os homens não deviam questionar ou procurar entender o que acontecia no mundo; todos deviam apenas acreditar no que o clero lhes dizia; grande parte dos registros escritos da Antiguidade e da idade Média ficou sob o controle dos monges copistas: eram dedicados à tradução e cópia dos escritos do mundo Antigo (Grécia, Roma,...), além de ensinarem religião e alfabetizarem as crianças da nobreza. Muitas dessas crianças tornavam-se membros do clero. E os monges também foram os responsáveis pela criação da música sacra, do canto gregoriano e da notação musical. 8. VERDADES INCRÍVEIS: O RETORNO! O Carnaval tem suas origens nas festas em homenagem ao deus Dionísio, na Grécia antiga. Na Idade Média, o Carnaval foi adaptado ao calendário e às tradições cristãs, passando a ser comemorado nos dias que antecedem à Quaresma. As pessoas vestiam máscaras, imitavam animais, bebiam muito, os servos vestiam-se de nobres, criticavam a sociedade da época,... Mas, então, como isso era permitido pela Igreja e pela nobreza! ? Essa festa era tolerada justamente como uma forma de amenizar as tensões sociais, isto é, evitar as revoltas de servos e vilões contra seus senhores. 9. PARA SABERMOS UM POUCO MAIS SOBRE AS ORIGENS DA IGREJA CATÓLICA... De maneira geral, era comum se queimarem os cristãos vivos ou fazê-los serem devorados por feras, à vista de todos, nas arenas dos circos romanos. Essa repressão tinha o propósito de evitar que o cristianismo continuasse a se expandir pelo Império. As idéias dos primeiros cristãos assustavam Roma porque eles não concordavam com a adoração ao imperador como deus vivo e pregavam igualdade entre os homens. Dessa forma, no decorrer dos séculos, essa religião de apelo popular foi conseguindo cada vez mais adeptos. Os romanos, então, acharam mais conveniente se aproximarem dela do que continuarem a persegui-la. Assim, em 313, o próprio imperador Constantino converteu-se ao cristianismo e permitiu o culto dessa religião em todo o Império. Oitenta anos mais tarde, a história inverteu-se completamente. Em 391, o cristianismo não só se tornou a religião oficial de Roma, como todas as outras religiões pagãs passaram a ser perseguidas. A partir do momento em que o Império resolveu tornar a religião cristã oficial para os romanos e todos os povos por eles dominados no século IV, a Igreja cristã começou ganhar força, como uma instituição poderosa. Os patriarcas ou bispos do cristianismo estavam espalhados pelo Império Romano em várias cidades: Alexandria, Jerusalém, Antioquia, Constantinopla e Roma. Segundo ordenou o imperador em 455, o patriarca de Roma passou a ser, a partir de então, a autoridade máxima de Igreja, sob a denominação de papa. Fontes: http://www.suapesquisa.com/idademedia/ http://www.historiadomundo.com.br/idade-media/a-igreja-medieval.htm http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u14.jht gloriadaidademedia.blogspot.co historianovest.blogspot.co www.brasilescola.com www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/inquisicao.htm euquerosol.blogspot.com miidleage.blogspot.com viveahistoria7cei.blogspot.com Adaptação: Paulo Jardim

CURIOSIDADE: ORIGEM DOS TÍTULOS DA NOBREZA

Barão (feminino: baronesa) é um título nobiliárquico existente em muitas monarquias, sendo imediatamente inferior a visconde e superior a baronete.
Os barões pertencem a nobreza do estado, e portando, fazem parte da elite, tendo propriedades rurais, ocupando cargos políticos e por vezes descendem da nobreza antiga, tendo às vezes uma formação cultural elevada.
A baronia era a terra que conferia ao possuidor o título de barão, mas também, na época feudal qualquer grande feudo [1]
o
Foi a princípio, no Império Romano, cargo administrativo, equivalente ao papel de fiscalização dos prefeitos das redondezas da capital romana. Hoje, se sabe, foi título criado pelo Imperador Adriano para premiar soldados e administradores que se destacavam em suas atribuições, mas que não tinham direito a se assentar na alta nobreza em Roma.
Embora esta seja a origem dos primeiros títulos de barões, isso não compete com a realidade, visto que o Império Romano decaiu no final do século V, há mais de 1500 anos. Este acontecimento deu início a Idade Média, que tinha um sistema totalmente diferente da época Imperial Romana. Desde então, foi iniciado o Feudalismo e toda uma hierarquização social nova. Para a sua origem podemos então recuar, possivelmente já só até essa época e inicialmente ao conceito da hereditariedade da nobreza e ao de varão.
Duque é um título que se refere ao chefe de estado de um ducado. Pode ser também um título nobiliárquico integrado ou não numa casa real. É um título hereditário, mas pode ser também atribuído a uma pessoa, neste caso normalmente a um filho do monarca reinante ou a uma pessoa cujos serviços o monarca queira recompesar. A origem da palavra "duque" vem do Grego biz, douka, e do Latim duce, que significa chefe. Para outros, a origem da palavra está no substantivo latino dux, que significa "o que conduz", usado no Império Romano como comandante militar. A mulher de um duque ou a chefe de um ducado chama-se "duquesa". Os duques recebiam dos reis o tratamento de primos, com todas as dignidades e honrarias inerentes.
Na Idade Média, o título foi primeiro instituído entre os monarcas germânicos, a designar os regentes de províncias logo acima dos condes, figurando no mais alto ranque da hierarquia nobiliárquica. Havia, no entanto, variações em seu significado entre os diversos feudos e reinos, sendo mesmo usado por príncipes. Esse hábito foi perpetrado por algumas monarquias, que ainda hoje intitulam seus príncipes mais importantes – especialmente o herdeiro aparente – com algum título de duque, como nos pariatos britânico, belga, dinamarquês, espanhol, holandês e sueco.
Marquês (no feminino: marquesa) é um título nobiliárquico da nobreza européia, que foi utilizado em outras monarquias originárias do mundo ocidental, como o Império do Brasil. O título, de origem germânica (Markgraf), possui variantes em diversas culturas da Europa. É imediatamente superior ao conde e inferior ao duque.
Na hierarquia o termo marquês é introduzido com o imperador Carlos Magno. Os territórios do império que coincidiam com a fronteira eram denominados "marcas", e o responsável pela defesa e administração dessas "marcas" era o margrave. Muito depois, ainda no Sacro Império Romano-Germânico, esses territórios fronteiriços começaram a ser cedidos aos principais condes, passando esses então a marqueses, responsáveis pelos marquesados. Tardiamente, a partir do século XV, o título passou a não mais ser necessariamente relacionado a jurisdição ou a soberania de um território ou a alguma função pública, somente como grau de nobreza. Dependendo do sistema nobiliárquico de cada nação, é comumente um título hereditário, que todavia não costuma ter a possibilidade de honras de grandeza.
Conde (do latim comes, comitis, que significa «companheiro») feminino: condessa) é um título nobiliárquico existente em muitas monarquias, sendo imediatamente superior a visconde e inferior a marquês.
Inicialmente, na Idade Média, era o senhor feudal, dono de um ou mais castelos e de terras denominadas condado, mas posteriormente, a partir do século XIV, o título nobiliárquico foi utilizado apenas como grau de nobreza.
Inicialmente era um título militar do Baixo Império Romano, associado à autoridade militar e civil, do cônsul, que, mais tarde, passou aos bárbaros, assim designando seus principais colaboradores e seus representantes. Embora esta seja a origem dos primeiros títulos de conde, isto não compete com a realidade, visto que o Império Romano decaiu há mais de 1500 anos, dando início a Idade Média. Desde o século V o feudalismo passou a vigorar e posteriormente foi iniciado o renascentismo.
Visconde é um título nobiliárquico de categoria superior à de barão e inferior à de conde.
Em Espanha, de Filipe IV até 1846, existiu a instituição do viscondado prévio, condição de entrada definitiva da nobreza.
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20061222081923AAadc0E